Demolição Invisível: Inovação criada pelos japoneses capaz de encolher dois andares em dez dias

A técnica inovadora é capaz de demolir grandes arranha-céus em centros urbanos sem causar maiores transtornos.

Imagem: Face Puch

A construção civil tem evoluído muito ao longo dos anos, o que tem feito com que os edifícios sejam cada vez mais altos, mas você já parou pra pensar o que vai acontecer quando essas construções gigantescas chegarem ao fim de sua vida útil e precisarem ser demolidas? Como seria possível demolir um grande arranha-céu no meio de outros edifícios e de um centro urbano bastante movimentado? Os japoneses encontraram uma solução que não causa transtornos para construções vizinhas e nem sujeira. Ficou curioso? A seguir vamos dar detalhes sobre essa incrível técnica.

No Japão há quase mil prédios antigos, com mais de cem metros de altura. É um número bastante significativo que preocupa constantemente os profissionais japoneses, isso porque algumas cidades ainda possuem uma alta densidade construtiva, o que torna o uso de explosivos inviáveis. Esses dados levaram um grupo de pesquisadores a estudarem outra alternativa. O processo apelidado de ‘Demolição Invisível’, Taisei Ecological Reproduction System ou Tecorep, foi desenvolvido pela Taisei Corp. Trata-se de um método estratégico, feito andar por andar. Ele é mais sustentável e agride bem menos o meio ambiente.

Essa técnica foi utilizada no Grand Price Hotel, construído na década de 1980, no distrito de Akasaka, em Tóquio. A torre de cento e trinta e nove metros de altura, ou quarenta andares, é o edifício mais alto já derrubado, até agora, no Japão. O edifício perdeu dois andares a cada dez dias, como se tivesse passado a encolher com o tempo. Sem utilizar explosivos ou bolas de demolição, praticamente todo o trabalho foi feito dentro do edifício.

Imagem: Catraca Livre

Nesse método um “chapéu” é instalado no topo do edifício, com colunas removíveis acopladas à estrutura original de aço. Escavadoras e outras máquinas pesadas quebram a construção por dentro e os macacos hidráulicos das colunas removíveis vão abaixando o chapéu, fazendo o prédio diminuir de tamanho. À medida que o material de demolição é arriado, os guindastes geram energia para a iluminação da obra. É o próprio movimento de descida dos macacos que gera energia elétrica, que alimenta outros equipamentos usados no processo.

Imagem: Folha de São Paulo

Os escombros, como revestimentos e esquadrias, são retirados com ajuda de um sistema central. Peças maiores, em concreto ou aço, são levadas para o solo através de guindastes. Além disso, boa parte de todo esse material é separado de forma mais eficiente e encaminhado para reciclagem. Tudo foi projetado para gerar o mínimo possível de risco de acidentes na obra e impactos nos arredores, como poluição sonora, dispersão de sujeira e partículas.

O debate sobre soluções mais eficientes para demolições, não é muito comum no Brasil, como em outros países. Mas esse assunto se tornará imprescindível, afinal de contas, a construção civil tem evoluído em grande escala. Todos esses novos grande empreendimentos nos principais centros urbanos do país, um dia precisarão utilizar de técnicas como esta desenvolvida no Japão. Gostou da novidade? Compartilhe com seus amigos! Aqui na Terra Brasil estamos sempre atentos as novas tecnologias. Veja outras dicas aqui!

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